Concepção da filosofia e da religião Africana sobre sexualidade feminina: Mitos ou factos



Matriliñalidade e matrilocalidade asumen unha serie de vantaxes vistas do punto de vista de mulleres e comparado coa patriliñalidade e patrilocalidade. Signe Arnfred

Filosofía e Sexualidade. XXXII Semana Galega de Filosofía

Manuel Cochole Paulo Gomane. Licenciou-se em Filosofia pela Universidade Pedagógica de Moçambique onde também realizou estudos de mestrado nessa área. Atualmente, é professor do Departamento de Filosofia da delegação da Maxixe (Inhambane, Moçambique) dessa mesma Universidade. É responsável pela docência de matérias como Introdução à Filosofia, Métodos de Estudo e Antropologia Cultural de Moçambique. Nos últimos anos tem participado em diversos projetos de investigação tanto no âmbito da filosofia como da antropologia. Foi membro e pesquisador do Centro de Estudos Moçambicanos e de Etnociências (CEMEC), um dos centros de pesquisa da Universidade Pedagógica, tendo coordenado paralelamente o projeto multicultural “Modernizando Tradições – Cultura e Desenvolvimento” assim como o projecto “Saber local gi-tonga entre o multi e interculturalismo na Maxixe: Experiência de lágrimas e sorrisos”. Foi membro do grupo do projecto de pesquisa antropológica do Centro Junod, de Ricatla (Maputo, Moçambique). Atualmente é coordenador e chefe do Departamento de Pesquisa, Extensão e Publicação da Universidade Pedagógica (Delegação da Maxixe), onde também coordena as atividades do Núcleo de Pesquisa sobre Género e Educação.

Xoves 9. Noite 20:00 a 22:00. Bloque: A SEXUALIDADE A DEBATE

Na filosofia e religião africana a sexualidade feminina está permeada de mitos, o que até certo ponto tem justificado toda uma serie de actos de discriminação de género e violência contra as mulheres na sociedade. Debates sobre sexualidade na filosofia Africana como disciplina académica são relativamente novos quando comparados ao lugar que a sexualidade feminina ocupa na religião tradicional Africana. O objectivo deste artigo foi o de mostrar até que ponto a representação da sexualidade feminina na filosofia e religião africana podem constituir um mito e/ou facto. Como metodologia, o estudo utilizou a consulta bibliográfica. A conclusão a que o estudo chegou é de que a concepção da filosofia e da religião Africana sobre sexualidade feminina está repleta de mitos embora haja alguma verdade, não estando além da cosmovisão filosófica grega que associava a sexualidade feminina ao corpo, considerando os como uma deformidade natural. O estudo terminou por recomendar formas de se extrair, dentro da filosofia e da religião africana, elementos emancipatórios que possam ser utilizados no combate contra a discriminação de género.